TEMAS AFINS

Os craques possuem um cérebro diferenciado 

Entenda o funcionamento do cérebro do Neymar 

 



Top 5 dos Jogadores



A copa está se aproximando e Neymar tem sido o principal assunto dos últimos meses.


Ninguém pode negar que o craque do PSG cativa todos os holofotes dentro e fora das quatro linhas.


Enquanto jogador, Neymar é um dos melhores do mundo e ocupa o Top5 dos jogadores que mais defenderam a Seleção Brasileira, tornando-se o segundo maior artilheiro da equipe do Brasil, ultrapassando Ronaldo e ficando somente atrás de Pelé. Com isso, Neymar soma, nada mais nada menos que 64 gols em jogos oficiais pela seleção brasileira, contra 62 do Ronaldo Fenômeno e 77 do Rei. Salientando que para ser o maior, precisa apenas vencer a Copa do Mundo, embora já esteja entre os melhores do pós-Pelé, o que é significativamente grande para sua carreira. 


Se analisarmos o atleta apenas sob o ponto de vista profissional, já nos traz dimensões gigantescas. Imagina isso agregado ao sucesso nas mídias sociais!


Hoje, a pessoa do Neymar tem mais de 152 milhões de seguidores, somente no Instagram. É como se ele estivesse o tempo todo em evidência. Logo, tudo que faz e tudo que fala, ganha notícia. E nesse caso a mídia é implacável!


Pegando os últimos acontecimentos vemos um Neymar irritado e desgastado por inúmeras críticas recebidas.


Ocasionalmente ele apresenta sinais de estar com dificuldade em lidar com as pressões e as expectativas. Por outro lado, a mídia está sempre soltando alguma nota de cunho ofensivo, desencadeando todo um processo de “fadiga” mental no atleta. O quê é perfeitamente compreensível, sob do ponto de vista psicológico.


Recentemente ele foi alvo de críticas quanto a sua forma física, e demonstrou publicamente a insatisfação com a imprensa, publicando em seus histories do Instagram fotos de sua barriga.


   


Mas porque as críticas têm deixado o Neymar tão irritado? 


A insatisfação, bem como a intolerância do Neymar com a imprensa não vem de hoje. E Isso talvez explique a sua resposta “reativa,” usada até mesmo como um mecanismo de defesa para lhe dar com os comentários.


Antes disso gostaria da falar do “body shaming” - Um termo em inglês que é usado para qualificar atitudes destrutivas que vêm cada vez mais ganhando espaço nas redes sociais. “O body shaming é quando apontamos o corpo do outro, de forma a ridicularizar a pessoa, pelo fato de ser ou de estar gorda.


No caso do Neymar, é como se apontasse a sua atuação profissional e a colocasse em dúvida, por estar supostamente acima do peso. O que pode ser um engodo!

Quem não lembra do Ronaldo Fenômeno, que apesar da sua forma física sempre brilhou em campo.


Dias, após ter sido ridicularizado pela sua aparência física, houve aquele episódio que envolveu a atriz Patrícia Pilar e em seguida, um áudio vazado na transmissão da Globo entre Colômbia x Brasil, onde Galvão Bueno, hipoteticamente chama Neymar de Idiota.


Fatores como esses, associados à pressão por resultados e cobranças aos quais o Neymar vem sendo subjugado, podem evoluir para um quadro clínico complexo e afetar a saúde mental de qualquer atleta nessas condições.


Diante de tudo isso, é até passível de compreensão a sua mais recente fala com relação à copa do Catar, ao dizer em entrevista que não sabe se "terá cabeça" para jogar outra Copa do Mundo depois do Catar-2022.


Suponho que ele tenha se expressado baseando-se mais nos fatos atuais, do que verdadeiramente no que vai acontecer após a Copa do próximo ano.


Já com relação à fala do Neymar logo após a partida entre Brasil e Peru, percebe-se claramente sua “fadiga mental”. É como se suas respostas estivessem num piloto automático, reverberando: “ Não aguento mais tanta pressão. Me deixem em paz”.

Bastou o jogador falar meia dúzia de palavras, para que elas ganhassem as mais diversas interpretações, repercutindo como: Postura reativa, mal-educado, chorão, inconveniente e outros adjetivos.





Porque a entrevista gerou tanta




polêmica?


O que acontece com o cérebro de um atleta, durante ou logo após a exposição de uma partida de futebol?


Ondas cerebrais ganham mais impulso e a pessoa se torna muito mais sensível ao mundo ao seu redor.



Ora, se levarmos em consideração todos os acontecimentos que permeiam a vida desse atleta nos últimos tempos, é humanamente compreensível seu estresse emocional.


Por outro lado, estudos mostram que durante ou após a exposição de uma atividade física; no caso, uma partida de futebol, o cérebro torna-se muito mais sensível às informações recebidas, levando à mudanças mensuráveis, na sua percepção, fazendo com que as ondas cerebrais ganhem mais impulso.


Esses tipos de ondas cerebrais, são caracterizadas pelo número de vezes que elas oscilam em um único segundo e estão ligadas ao estado mental e ao humor de cada pessoa.


Considerando o estresse emocional do Neymar, percebemos que suas respostas são lançadas de forma automática, disparando gatilhos, até mesmo como mecanismos de defesa.


Percebam que nessa entrevista, Neymar demonstra estar magoado e até com um toque de desânimo, apesar de ter feito uma grande partida.


Imaginemos então, um cérebro dotado de um raciocínio extremamente rápido, como é o caso do Neymar, vindo de uma partida de 90 minutos, e em seguida ter que dar entrevistas… Até ai, tudo bem!


Agora, juntemos a atividade cerebral executada durante o jogo, mais o estresse emocional que acomete o Neymar. É natural que ele esteja na defensiva e diga palavras já preservadas em sua memória emocional, até mesmo como uma resposta automática.

 

De acordo com Richard Maddock e Tom Bullock, pesquisadores da Califórnia e estudiosos do cérebro humano, eles acreditam que durante ou logo após uma atividade física, o córtex visual é projetado para zerar recursos importantes no ambiente – o tipo de recursos que podem indicar, por exemplo, a presença de um predador ou uma presa, potencializando novas conexões neurais.


Maddock, descobriu ainda que durante ou logo após uma atividade física os níveis de glutamato e GABA – dois dos neurotransmissores mais comuns no cérebro – aumentam.

Isso quer dizer que o cérebro pode estar “preenchendo seus estoques de ingredientes essenciais” .“Talvez para lidar com o estresse, gerado por um período prolongado da atividade física.


Trazendo este dado para exemplificar o caso Neymar naquela entrevista, podemos dizer que sua postura respondeu imediatamente ao ataque. É como se estivesse o tempo todo na defensiva.. E como a mídia o ataca, ele também responde atacando. Seja com as palavras ou com ironia.

Isso, dentro dos preceitos da psicologia é uma reação devidamente saudável.


Sugiro nesse caso, que o Neymar evite dar entrevistas logo após o jogo, até mesmo para preservar suas funções mentais, e que haja uma compreensão maior acerca dessas conexões emocionais.



Neymar – o Craque 


Como funciona o cérebro de um craque? 



Através de estudos sobre o funcionamento do cérebro de atletas a neurociência descobriu que um jogador de futebol possui uma incrível rapidez de raciocínio e uma excelente memória corporal. E que isso se torna ainda mais evidente, quando se trata de um craque.

 

Por diversas vezes, Neymar foi motivo de especulações sobre a sua incrível capacidade profissional.


Destacamos aqui duas jogadas geniais desse craque e salientamos a velocidade de seu raciocínio.


Uma, trata-se de uma partida entre o Barcelona e o Villarreal e a outra foi entre o PSG e o Olympique de Marseille.


Na primeira jogada, Neymar pega um passe do Soárez, passa pelo meio girando, já dando um “chapéu” e faz o gol.


Na segunda jogada, ele se coloca num espaço mínimo entre três marcadores e faz os dribles numa velocidade gigantesca.

Foi observado que para fazer aqueles dribles que o Neymar fez, precisaria de um cérebro extremamente rápido.




Quanto tempo se imagina que um jogador pensa para fazer esse tipo de jogada?


Vamos lá: Neurocientistas descobriram que o cérebro dos melhores jogadores de futebol, têm uma capacidade extraordinária na rapidez de raciocínio.


Em muitas ocasiões o craque do PSG já agregou em uma única jogada, habilidade, agilidade e técnica, com uma capacidade incrível de raciocínio.


E isso só pode ser visto num jogador diferenciado, e acima de tudo de um cérebro extraordinário.


Grandes descobertas na indústria esportiva mostram que alguns jogadores possuem habilidades mentais muito significativas, que se destacam dos demais.


Todavia, até pouco tempo havia-se um preconceito de que uma boa parte dos jogadores de futebol não teriam um QI tão elevado; o que sugere uma visão depreciativa do futebol, ou sobre àqueles que o compõe.


Muitos jogadores sofreram com essa falácia, inclusive o Garrincha, que foi avaliado e reprovado pelo psicólogo e professor, João Carvalhaes; (1958- Copa na Suécia). 


Sua reprovação foi devido ao fato do Garrincha ter apenas instrução primária, ter uma inteligência abaixo da média e agressividade zero. Logo, para um teste psicotécnico onde media uma pontuação de até 123 pontos, Garrincha fez somente 38 e foi considerado mentalmente incapaz para aquela época.


De lá pra cá muita coisa mudou, inclusive a tecnologia e a ciência que facilita muito no processo de avaliação de um atleta.


Acreditava-se que para uma pessoa ser inteligente, era preciso apenas que ela soubesse cálculos matemáticos, que tivesse eloquência na língua portuguesa ou possuísse outros adjacentes.


Na verdade, existem diversos tipos de inteligências.

No caso dos atletas existem outras habilidades cognitivas e inteligências corporais, que não vemos em outras pessoas.

Como por exemplo, maior atenção, maior raciocínio, maior reflexo e até uma maior visão espacial. Permitindo que sua visão periférica seja muito mais aguçada, facilitando o atleta a perceber o que está fora do foco principal de sua visão. Como por exemplo, no caso dos futebolistas, que veem o jogador adversário, que identificam o jogador do próprio time e ainda se percebem no campo conduzindo a bola. Onde tudo isso é muito dinâmico e exige uma orientação espacial “full time”.


Cientistas europeus realizaram uma bateria de testes com alguns jogadores profissionais, onde foram avaliados memória, velocidade de raciocínio, percepção visual, planejamento e tomada de decisão. O resultado dessa mostragem constatou que os jogadores são donos de cérebros muito apurados. Eles ficaram entre os 2% por cento melhores dos testes, em comparação com os dados da população em geral.


Esse mérito fica ainda mais evidente numa situação de drible, tal qual aquela jogada entre o PSG e o Olympique de Marseille. É quando Neymar está diante dos adversários, e percebe detalhes dos corpos e dos movimentos do rival, e dentro de uma  fração de segundos definiu que movimento seguir.


É a agilidade visual e a clara noção de orientação espacial, que permitem com que os craques acessem rapidamente uma infinidade de informações mentais, com vários dados de jogadas que aprenderam no decorrer da carreira.


É a memória apurada, que acessa esse “arquivo” e escolhe a jogada mais indicada para aquela situação. E num lance rápido de raciocínio, eles executam o movimento elaborado.


Tudo isso em apenas 0,2s (dois décimos de segundo). Mais rápido do que um piscar de olhos.


Estudos mostram que quanto melhor o jogador, mais habilidade cerebral ele possui.

Ou seja, um craque é realmente diferenciado e leva vantagem sobre os outros. Pois quando estão em campo eles pensam diferente e conseguem usar o cérebro com muito mais eficiência. Isso porque um craque usa uma parte mais ampla do cérebro para tomar as decisões, em comparação com os jogadores comuns. Ou seja, as conexões neurais desses atletas são muito mais legítimas.

Eles têm muito mais facilidade em antecipar os movimentos na hora de receber e de distribuir a bola.




Por Milânia Bezerra – Psicóloga e pesquisadora da neurociência


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A Máquina do Futebol

Transtorno de personalidade narcisista ou um caráter fálico-narcisista? 


Cristiano Ronaldo, um dos maiores jogadores de futebol do mundo voltou a falar sobre aposentadoria e manifestou o desejo de reencontrar uma mulher chamada Edna e mais duas pessoas que lhe davam comida, quando tinha 12 anos.
  
O menino pobre da capital Funchal, em Portugal, disse em entrevista à ITV que pedia comida para funcionários do McDonald’s na Ilha da Madeira: “Quando estávamos com fome, havia um McDonald’s perto do estádio e batíamos na porta para pedir alguns hambúrgueres. Edna e as outras duas garotas sempre nos ajudavam. Nunca mais as vi. Queria convidar estas pessoas para jantar comigo em Turim, ou Lisboa. Espero que essa entrevista ajude a encontrá-las. Quero devolver o que fizeram por mim. Nunca esqueci aqueles momentos”, disse o jogador. 

Sua história

O menino de origem humilde, filho mais novo de quatro irmãos, dividiu um quarto com seus três irmãos na infância. A mãe, Dolores Aveiro, na época com 30 anos, quis fazer um aborto. O médico não a auxiliou na decisão, então ela fez o procedimento de forma caseira, bebendo cerveja preta quente, mas sem sucesso. 

O nome Ronaldo foi escolhido pela mãe, que admirava o presidente Ronald Reagan dos USA. Seu pai, Dinis, tinha problemas com o alcoolismo, vindo a falecer em 2005 em consequência da bebida. Trabalhou como roupeiro no clube Andorinha e, nomeou Fernão Barros, um jogador local, como padrinho do filho. Mais tarde Cristiano começou a acompanhar seu pai e logo quando teve a idade, entrou para o Andorinha.

No começo, Ronaldo era uma criança como as outras. Mas com o tempo foi percebendo que ele tinha algo diferenciado. Enquanto as outras crianças estudavam ele jogava bola. Cristiano começou a jogar pelo Andorinha aos 8 anos de idade, mas, mesmo assim seu talento era incontestável.

A obstinação em se superar de Cristiano, vem desde a mais tenra infância. E quando isso não acontecia ele chorava. Tanto que ganhou o apelido de “bebê chorão”. Chegou ao Nacional com dez anos de idade e já era tecnicamente um bom jogador com os dois pés. 

Vida escolar x Carreira 

No período escolar mostrou bastante instabilidade no seu desenvolvimento e comportamento. Faltava muito às aulas, fugia dos professores e mentia para seus pais sobre o que ficava por fazer. Estudou em duas escolas diferentes e na segunda, em Lisboa sofria bullying, em função do seu sotaque madeirense. Em uma das vezes atirou uma cadeira em uma professora por “debochar” do seu sotaque, o que provocou sua expulsão da sala. 

Ao completar 12 anos, seu padrinho Barros Souza o apresentou à João Marques de Freitas, um dos sócios do Sporting, que ficou admirado com o seu futebol. Foi ai, que Cristiano Ronaldo mudou-se para a capital portuguesa. Mas teve problemas de adaptação e sofreu novamente com o bullying. Pois, os madeirenses têm uma pronúncia muito diferente de Lisboa. Cristiano foi “zombado” novamente na escola e demonstrou vontade de desistir e voltar para Madeiras. Foi quando o Sporting o mandou de volta para Lisboa, alegando que não queria um jogador infeliz. 

Vendo que a situação do Cristiano estava complicada, Freitas interviu e disse que Ronaldo precisaria voltar para Lisboa, pois ele era o futuro da família, além de acreditar em seus atributos com a bola. Dessa forma, Ronaldo voltou e perseguiu aquilo que ele mais gosta de fazer: Jogar futebol.

Aos 15 anos idade sofreu um susto, após passar mal durante uma partida pelo Sporting e foi submetido a uma bateria de exames que revelou um problema no miocárdio, onde lhe provocava picos elevados no coração (taquicardia). Depois de uma cirurgia voltou totalmente recuperado, assumindo seu papel de destaque no futebol.  

Aos 18 anos foi para o Manchester United. Em 2009 foi para o Real Madrid, tornando-se a transferência mais cara (96 milhões de euros) e desde julho de 2018, joga no Juventus, contabilizando dezenas de títulos e várias vezes o melhor do mundo.  

Curiosidades 

Existe uma incógnita em volta do Cristiano Ronaldo. Para alguns colegas que conviveram com o jogador, fala da sua obstinação em seus treinamentos. Segundo o jogador Tevez, que teve o privilégio de jogar com o Messi e com o Cristiano, fala da sua dedicação em cada vez mais melhorar seus atributos. Tevez, disse em uma de suas entrevistas: “O que se passa com o Cristiano Ronaldo, e todos podem perceber isso, é que ele passa o dia na academia. É uma obsessão que ele tem . E mesmo sendo o melhor em tudo, chegava cedo. Treinávamos de manhã, às 9h. Chegávamos às 8h e ele já estava lá. Chegava às 7h30 e ele já estava lá também. E pensava: ‘Poxa, que droga… quando é que ele não trabalha?’ Uma vez fui às 6h e ele já estava lá… Com sono, mas estava, finalizou".   

Alimentação

O físico de Cristiano admirado por muitos, não surgiu do nada. Ele disse em entrevista que tem apenas 7% de gordura corporal, o que é esperado em um homem de 22/23 anos. Ele consume apenas sucos naturais e carnes magras (em especial peixe), e porções e integrais de verduras e pães. Como é nascido na Ilha da Madeira, tem hábitos caseiros na hora de fazer seu lanche, além de beber água mineral durante o dia inteiro.

Sem álcool e sem cigarros
 
O jogador dispensa as noitadas, os drinques e as baladas, já que entende que isso pode prejudicar seu rendimento dentro de campo. Outro ponto importante é que ele não fuma. Por isso Cristiano é tão cogitado na hora das marcas relacionadas à boa saúde, que o procuram para fazer campanhas publicitárias.

Seus treinos. 

Certa vez em entrevista ao Diário de Notícias, Cristiano contou que chegou a sumir do dormitório para treinar nas madrugadas. Enquanto a maioria dos jogadores fogem da concentração para aproveitar o que há de melhor nas noites, ele treina duramente para adquirir boa forma. E isso vem desde o início da carreira. Mesmo muito jovem, o pequeno Ronaldo sempre teve compromisso além do habitual com os treinamentos. 

Para completar, o artilheiro tem uma sala de musculação em casa com os equipamentos mais absolutos do mercado. Tem uma máquina chamada "máquina da NASA", que é um dos seus preferidos. O aparelho foi criado pela agência espacial norte-americana e possibilita que o atleta corra sem sofrer o efeito da gravidade. Outra técnica que o artilheiro usa é a crioterapia. Pelo menos uma vez por semana, Ronaldo entra no aparelho, onde seu corpo é submetido à temperaturas de 200 graus negativos em períodos de dois a três minutos. A técnica acelera o processo de regeneração de pequenas lesões dos órgãos e da pele, por meio do congelamento.

E como parte integrante do seu “equilíbrio” físico e emocional Cristiano Ronaldo, tem um psicólogo. A revelação foi feita no livro "CR7 Os segredos da Máquina", da autoria do jornalista português Luís Miguel Pereira. 

Em 2011, a Castrol promoveu o documentário "Cristiano Ronaldo: Testado ao Limite" com o objetivo de analisar minuciosamente a capacidade física e psicológica do craque. A aparência física do jogador demonstra a somatória de recursos que fazem dele um caso único no futebol: menos gordura corporal que de uma top model, musculatura bem definida, circunferência das coxas (61,7 centímetros) muito acima da média, circunferência dos músculos gêmeos abaixo do normal. Ele tem as pernas longas de um velocista, a constituição seca de um corredor de meia distância e as coxas fortes de um saltador

Comprometimento em causas sociais 

Por trás do visual galã e de toda vaidade que o jogador expressa, esconde-se um lado extremamente humano em Cristiano Ronaldo. O que faz dele um dos jogadores mais empenhados em causas sociais e em filantropia.

Segundo a ONG “Athletes Gone Good”, o craque do Juventus é o atleta que mais doa dinheiro para instituições de caridade ou pessoas que necessitam de ajuda. Na lista com os 20 esportistas que mais fazem doações, o atacante Neymar é o único brasileiro. Ele está na quarta posição, atrás do lutador John Cena, da tenista Serena Williams e da patinadora Yuna Kim. 

Além disso, ao contrário da maioria dos jogadores, Cristiano não tem tatuagens pelo corpo. A razão, é o envolvimento do atleta com ações de doação de sangue, que podem ser prejudicadas com a prática da utilização da tatuagem. Embora alguns defendam que ele não usa tatuagem devido ao amor excessivo pelo corpo, ou em função do seu culto ao próprio corpo. 


Personalidade narcisista ou Caráter fálico-narcisista? 

Em 2017, Cristiano Ronaldo foi submetido a uma avaliação psicodiagnóstica à pedido da comissão técnica do Real Madrid, em função da preocupação do jogador com uma futura aposentadoria. 

Mas porque Cristiano tem a fama de Narcisista? Primeiro vamos entender o que é uma pessoa narcisista:

Narcisismo é um conceito da psicanálise que define o indivíduo que admira exageradamente a sua própria imagem e nutre uma paixão excessiva por si mesmo.

O mito que gerou o quadro psicopatológico do Narcisismo está na lenda grega, onde "Eco" (uma Ninfa), apaixona-se pelo belo e jovem Narciso, todavia é rejeitada por ele. A Ninfa, ao sentir-se recusada, pede a Afrodite(deusa do Amor) que a vingue, infligindo a Narciso uma punição por tê-la preterida. Afrodite atende a Eco, fazendo o jovem Narciso confundir o reflexo da sua própria imagem refletida na água, com a de uma Ninfa (símbolo da formosura física). Narciso se apaixona perdidamente pela imagem que viu na água (a sua própria), tentando alcança-la e nutrindo uma paixão por si mesmo.

Mas o que fez comissão técnica e dirigentes do Real Madri, em 2017, pedir uma avaliação psico diagnóstica de Cristiano Ronaldo? 
  
A solicitação partiu da psicóloga do esporte, por ele estar apresentando uma fixação de pensamento, em como seria sua vida após a aposentadoria. De acordo ainda com a descrição da demanda, isso estaria mexendo com o atleta, pois Ronaldo estaria preocupado em não ter mais a mesma fama, admiradores e sucesso e que pudesse cair no esquecimento.

Conforme a psicóloga, por ele demonstrar características marcantes do narcisismo, como; auto-estima frágil e frequentemente assumir a forma de uma necessidade constante de atenção e admiração, houve o encaminhamento com suspeita de transtorno de personalidade narcísica.

Após hipóteses psicodiagnósticas, baseadas em leitura de materiais sobre a carreira do jogador, como sua biografia, artigos, entre outras fontes, “fidedignas” de notícias, chegaram a um consenso de uma hipótese diagnóstica, que levava a um transtorno de personalidade narcisista. E a partir dessas referências, o futebolista foi submetido a uma bateria de testes, tais como: Anamnese, teste de Rorschach (teste do borrão de tinta), H.T.P, (Teste da Árvore, Casa e Pessoa), TAT (teste de Apreciação Temática), Palógrafo, levando-se a uma impressão diagnóstica de uma personalidade narcisista. 

Todavia, há controvérsias acerca desse diagnóstico. Embora Cristiano Ronaldo tenha alguns traços de uma personalidade narcisista, isso não significa que o seja.  

Se consideramos sua estrutura familiar, onde existe um histórico de rejeição da figura materna e de um pai alcoólatra, é bem possível que ele tenha se utilizado de alguns recursos neuronais inconscientes para enfrentar essas frustrações. Como por exemplo, a supervalorização de si mesmo. Isso para a psicanálise é um aspecto fundamental para a constituição do sujeito. É evidente que o exagero é sinal de fixação numa identificação vivida na infância.  
  
Sua mãe, Dolores Aveiro, conta em seu livro “ Mãe Coragem” , sobre a tentativa de aborto e do amor que deu ao seu filho durante sua infância. 

O sofrimento dessa mãe, na tentativa de “compensar”, a rejeição que teve pelo filho, pode ter contribuído para supervalorização da sua existência.    
   
Freud, diz que toda criança ao nascer, é cercada por vários olhares e desejos. É um momento fulgurante de sua “majestade”, o bebê. 

Na fase adulta, ao se contemplar no espelho, não verá o simples reflexo físico de uma imagem, mas tudo o que esses olhares depositaram no seu corpo. Se tudo correr bem, a criança se desligará desse olhar primordial e escapará do destino fatal de Narciso. Do contrário, permanecerá com a fixação na supervalorização de si mesmo.


Caráter fálico narcisista

Existe uma diferença muito grande entre caráter narcisista e transtorno de personalidade narcisista. O transtorno de personalidade narcisista é uma patologia, que se caracteriza por uma desordem mental e foi reconhecido em 1980. Seu tratamento requer mais atenção por se tratar de uma desorganização nas estruturas mentais. Já o caráter fálico-narcisista, é uma fixação no processo de identificação na fase fálica ou genital, que ocorre por volta dos três anos de idade. O caráter fálico, assim como os outros se estabelecem como forma de defenderem o ego dos sentimentos decorrentes das repressões afetivas e sexuais vivenciadas na infância.
 
Quem possui este carácter tem uma determinação muito grande e persegue o sucesso com muito mais afinco. Segundo Lowen, o medo do fracasso é grande e está associado ao conceito de responsabilidade e de descontinuidade do sucesso. Lowen defende ainda, que essa necessidade de afirmação do seu sucesso tem como motivação básica a aprovação e o amor dos seus pais.

Normalmente pessoas de caráter fálico costumam ter uma respiração muito para cima, que corresponde à área do afeto. Todavia, sofrem mais de ansiedade, que é onde está localizada a área da emoção. Daí, a tendência a sofrerem de asma, de pânico, enfartes ou problemas cardíacos e tudo que está ligado ao coração e ao pulmão. (área do afeto). 

Levando em consideração seu histórico familiar é bem provável que o Cristiano Ronaldo tenha um caráter fálico-narcisista e não uma personalidade narcisista. Daí, sua obstinação pela perfeição e os desafios que ele estabelece a cada dia, como meta de superação.   

O futebolista possui uma estrutura corporal saudável e como todo caráter fálico-narcisista é competidor, desafiador e extremamente sedutor. 
  
Por Milânia Bezerra
Psicóloga


Setembro Amarelo


Suicídio- Um desafio para profissionais da saúde mental e educadores

                     "Penso, logo existo." 
                      René Descartes  
         
                  "Penso, logo desisto                 
Existir é um grande sacrifício".
Bruno Bezerra

30/09/2019
Setembro Amarelo está acabando mas ficou a sensação de que faltou algo para disseminar mais a campanha, mediante a gravidade
do problema.

O Suicídio é uma questão de saúde pública no mundo e um desafio para profissionais da saúde mental. 

Mais de um milhão de pessoas tiram a própria vida todos os anos no mundo. Trata-se de um problema social de grande relevância para a saúde pública, e que pode ser evitado.

Os países de baixa e média renda são os que têm a maior incidência da carga suicida global e isso inclui o Brasil. Estas regiões estão parcialmente menos preparadas para impedir o suicídio, pois estão pouco habilitadas para acompanhar a demanda crescente que vai da assistência à saúde, em geral, até à assistência especializada em saúde mental.

A taxa de suicídios a cada 100 mil habitantes aumentou 7% no Brasil, ao contrário do índice mundial, que caiu 9,8%, alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Apenas no Brasil, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 45 minutos há uma tentativa de tirar a própria vida. 

Mundialmente, 800 mil pessoas cometem suicídio todos os anos. O suicídio já foi considerado a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. 

O dia 10 de setembro foi designado como o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio. Todavia, isso ainda precisa ser mais difundido, tornando-se parte integrante de um programa de saúde pública, até chegar às esferas privadas, como empresas, instituições, escolas e etc, com a promoção de palestras e seminários trazendo a temática da depressão e do suicídio.  

Uma grande questão vinculada ao tema do suicídio é que a prevenção de forma global é possível. 

O “Setembro Amarelo” é uma campanha criada com o intuito de informar as pessoas sobre o suicídio, uma prática normalmente motivada pela depressão. Onde pensamentos suicidas podem surgir quando uma pessoa se encontra em um profundo estado de desesperança e de tristeza.

Na maioria dos casos, a existência desse tipo de pensamento é apenas percebido, quando se torna mais recorrente e já em estágios avançados. Sua origem, no entanto, é de difícil identificação. Pois, esses pensamentos podem ser frutos de diversas circunstâncias de diferentes facetas, por isso, o tratamento é hermético e heterogênio. E jamais podem ser considerados como “loucura” ou “frescura”. 

A depressão está inserida em qualquer outro tipo de problema de saúde, onde o sofrimento e a incapacidade em lhe dar com situações difíceis são as maiores características dessa “doença”. Ela pode ser ocasionada por fatores biológicos, ambientais, comportamentais ou psicológicos, e não escolhem gênero/etnia//idade/cultura/classe econômica, podendo afetar qualquer pessoa em qualquer época da sua vida. A busca por profissionais habilitados; (psiquiatras e psicólogos) dará a essas pessoas o ”Bem-estar Psíquico e Social”.

Portanto, os temas “Suicídio” e depressão são de extrema importância devido ao impacto familiar e social. Daí a importância de se discutir mais nas empresas, através do seu RH e em escolas, através dos professores.

Suicídio na Infância e adolescência 

O número de suicídio na infância e na adolescência vem assustando profissionais que trabalham com essa faixa etária: (Professores, pedagogos e psicólogos). Além dos episódios prejudiciais na infância e na adolescência, como abusos, maus tratos, divórcio dos pais, histórico preliminar de transtornos psiquiátricos que podem contribuir para o aumento do risco de suicídio, o bullying é algo bastante relevante nesses casos. Dessa forma, pais e professores devem ficar atentos a comportamentos atípicos dos jovens para identificar essas ocorrências adversas.
 
Outro aspecto significativo que vem desencadeando a depressão entre jovens e crianças é o excesso de informação ou a síndrome do pensamento acelerado. 

Estudos mostram que o excesso de informação cresceu muito nos últimos tempos. Antigamente o número de informação duplicava-se a cada 200 anos e hoje dobra-se a cada ano. Hoje, uma criança de 7 anos de idade tem mais informação do que um imperador de Roma tinha na sua época. O excesso de conhecimento intelectual e o excesso de atividades têm contribuído para que crianças e jovens sofram de transtorno de ansiedade ou de síndrome da mente agitada.    

Um fator importante que também merece ser destacado é o nível de exigência dos pais para com esses jovens, causando-lhes angústia e frustração, culminando muitas vezes em tristeza e até em depressão.            

Suicídio em adultos 

Um dos principais motivos da depressão em adultos é a desesperança, que leva ao abandono de si mesmo.  

O impacto das novas tecnologias e dos novos desafios, acabam ocasionando uma descontinuidade em nossas estruturas psíquicas, causando dor e sofrimento, quando nossas expectativas profissionais são estranguladas pelo medo e pela frustração.  

Isso complica muito mais quando não damos vazão a esses anseios e a essas aflições e ainda por cima, quando temos que nos esforçar para sermos felizes. Isso nos deixa sem ferramentas para enfrentarmos a dor. E, sem mecanismo para lhe dar com a dor, vem a solução de morrer como um remédio para solucionar essa dor. 

Na fase adulta o ser humano funciona mais ou menos como um tri-pé, onde o primeiro patamar é o lado familiar, o segundo, o lado profissional e o terceiro, o lado afetivo-sexual. Quando uma parte desse tri-pé se desequilibra, automaticamente as outras duas, tendem a despencar também. É por isso que vemos tantas famílias e tantos casamentos em conflitos. 

O lado familiar - Representa nossa base, nosso ninho, nossa sustentação. 
O lado profissional - Reacende nosso instinto de sobrevivência. O princípio da natureza humana reside na sobrevivência e os seres humanos estabelecem domínios a fim de assegurar: a família, a raça e a espécie. E quando este é ameaçado, estruturas mentais inconscientes são acionadas automaticamente. Daí a importância de uma estabilidade profissional/financeira, para que o indivíduo se sinta seguro. 
Lado afetivo/sexual- Este é o terceiro nível do tri-pé e é o que nos mantem harmonizados com a vida.

Conhecendo essas três colunas que dão sustentação às nossas estruturas mentais, compreendemos melhor a fragilidade humana e os transtornos quem podem levar a uma depressão e em casos mais graves, até ao suicídio.  


Por Milânia Bezerra
Psicóloga

O Palhaço

O que está por trás da figura do Palhaço 

16/09/2019
Esta nota circulou nas manchetes dos principais meios de comunicação do mundo. Mas porque ela chamou tanto a atenção?

Quando o redator Josh Thompson recebeu um e-mail de seus superiores, sugerindo um convite para repensar sobre o seu papel na empresa, já imaginava que a conversa acabaria em demissão. Pensando nisso não hesitou em chamar uma “figura” um tanto “inusitada” para lhe acompanhar e porque não dizer, para lhe dar voz.

O que impactou nesse caso foi que a pessoa solicitada pelo funcionário da empresa FCB New Zealand, na Nova Zelândia foi a de um palhaço.  

Existe inclusive uma lei na Nova Zelândia, que sugere que a pessoa leve um acompanhante nos casos de demissão, para diminuir os danos “psicológicos” do funcionário.

Processar uma demissão não é uma tarefa tão fácil. Exige equilíbrio e maturidade, Já que desencadeia todo um processo relacionado à sequência de perdas que um indivíduo tem durante toda a sua vida. 

Nesse caso o Josh se utilizou de um mecanismo de defesa em prol da sua integridade emocional, abstraindo-se de si mesmo, dando vasão aos ruídos da sua psiquê. 

A figura do Palhaço:

O palhaço tem uma significação social muito forte. Esse "ser" curioso e misterioso provoca indagação e inquietude na alma humana, pois ao mesmo tempo em que alegra os ouvintes é possuidor de um olhar triste.      
Outro ponto interessante que deve ser destacado no palhaço é a liberdade que ele possui para transitar nas cenas e poder improvisar. Isso pode ser bem ilustrado com a figura do bobo da corte ou balatros, onde era atribuída ao bobo a função de fazer rir o rei, e como não se deve levar a sério aquele que faz rir, o bobo é um louco que pode dizer tudo ao rei.   

Percebam portanto, que Josef se apropriou da figura do palhaço dando voz à sua rebeldia, ao anárquico, movido por outras lógicas, que podem abarcar positivamente o erro, o fracasso e a sua fragilidade.


Por  Milânia Bezerra
Psicologia

Música X Memoria Emocional

 Relação  
Da memória emocional com a música 


Qual de nós não traz em sua memória afetiva alguma música? Sejam lembranças da infância, da adolescência ou dos amores da juventude. 

A relação da música com a nossa memória emocional se estabelece muito antes do nascimento. Um embrião já capta as ondas sonoras de uma melodia, ouvida pela sua mãe. 

É possível que você já tenha ouvido ou até mesmo visto recém-nascidos se emocionarem ao escutarem uma música. Isso acontece porque seus batimentos cardíacos ao entrarem em sintonia com as notas musicais, desencadeiam automaticamente toda emoção da mãe, vivida durante seu processo de gestação. E como a relação mãe x feto é muito simbiótica, o recém-nascido revive toda emoção da mãe, através da música. 

A verdade é que a música sempre serviu de cenário para expressar sentimentos. 

Costumo dizer que a música é uma poesia melódica.
                                                                  
Por Milânia Bezerra
Psicóloga




A Psicologia e o Esporte

 Psicologia no esporte

A psicologia no esporte firma-se como ferramenta fundamental para entender e solucionar as dificuldades emocionais de atletas e técnicos.  

A relação da psicologia com o esporte, apesar de ainda ser vista como algo novo, surgiu no final do século XIX e início século XX. 

As pesquisas começaram por estudiosos, para uma compreensão maior acerca dos efeitos psicofisiológicos sobre as atividades físicas e esportivas. Sendo Coleman Griffith apontado como aquele que realmente deu a partida na Psicologia do Esporte norte-americana, destacando-se entre os trabalhos que escreveu o estudo "Psicologia de Atletas" (1928).

Aqui no Brasil, quem introduziu a psicologia no esporte, foi João Carvalhaes; um profissional com grande experiência em psicometria, que atuou junto ao São Paulo Futebol Clube, por vinte anos. Carvalhaes atuou também junto a equipe técnica da seleção de 1958, conquistando assim o primeiro título mundial do Brasil.   

Antigamente a psicologia no esporte limitava-se a avaliar questões psicométricas; que são parâmetros de modelos matemáticos para medir fenômenos psicológicos. Hoje, já se sabe também da sua importância dentro do processo psicoemocional dos jogadores e equipe técnica. 


Por Milânia Bezerra 
Psicóloga
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